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CRITIC / CRÍTICA





ENTÃO, ENTORNOS: O ARTISTA-CRÍTICO ENTRE A VISUOESPACIALIDADE E A AUTOCRIAÇÃO



Dissertação defendida no Programa de Literatura e Crítica Literária da PUC-SP sob a orientação da Profa. Dra. Vera Bastazin | Bolsa CAPES

#literatura e outras artes #antropologia literária #a viagem de Chihiro #rita Lee e composição poética #percepção #cidade e ficcionalidade





A pesquisa compreende a percepção do espaço como criação metaficcional, segundo a ótica do artista pesquisador no contexto da Crítica Literária – aqui, designado artista-crítico. Assim, aponta-se para o entendimento da metaficção não apenas como recurso literário, mas como procedimento de percepção interpretativa. Para isso, como corpora, elegemos a animação A viagem de Chihiro (2001), do diretor Hayao Miyazaki e .metapôster (2021), da artista e pesquisadora Débora Lima.


Ao considerarmos a criação como gesto ficcional, questionamos a forma como o processo criativo do artista-crítico revela a sua percepção do espaço e, ainda, quais os indícios da relação estabelecida entre criação, espaço e sujeito. Estabelecemos, portanto, a analogia entre artista-crítico e personagem (Chihiro) – atentando-se para as aproximações entre a percepção de si (autocriação) e do mundo (visuoespacialidade).


Mediante uma abordagem hipotético-dedutiva, evidenciamos a hipótese de uma relação contínua (e) sobreposta entre criação, espaço e sujeito. Desse modo, a metaficcionalidade é constituída como efeito dessa percepção, visto que, na animação e no percurso do artista-crítico, a percepção de si e do espaço estão sobrepostas.


Quanto ao aparato teórico, destacamos como leitura basilar: a crítica de processos, de Cecília Salles (2006, 2010, 2011, 2017). Todavia, recorremos, também, a outras leituras (teóricas e artísticas) para expandir alguns dos pontos levantados em nosso trabalho. Tais como, a abordagem da ficcionalidade literária alicerçada em uma lógica de duplicação de Iser (2013); as aproximações entre percepção e criação exploradas por Ostrower (2013, 2017); a metaficção indicada em materiais de diferentes linguagens, por Bernardo (2010); a compreensão da autoficção presente na letra da música “Eu e mim” (2003c), de Rita Lee, e na figura do artista-crítico apresentada por Leyla Perrone-Moises (1978, 1998). Esse conjunto de autores e compositores constituem o aporte de interpretação dos corpora. A Dissertação expõe, ainda, experimentações poético-críticas, de nossa autoria, como forma de suscitar novas composições de linguagem, propondo, nessas inserções, o desprendimento da tecnicidade acadêmica, em função da leitura teórica.


Ao longo da pesquisa, nossa hipótese é confirmada, apenas com a ponderação de que o espaço, propriamente dito, não pode ser essencialmente constituído como criação metaficcional, mas sim, o entorno. Nesse contexto, consideramos que a sobreposição das experiências de percepção se materializam entre a percepção espacial e a autopercepção, abrindo possibilidade para um diálogo recíproco. Essa relação se constitui metaficcionalmente em alteridade a partir dos duplos: personagem-artista; personagem-crítico; artista-crítico; artista-espaço; personagem-espaço. Entretanto, tais duplos também se inter-relacionam, repropondo-se em múltiplos – entornos



LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO: TEORIA, PRODUÇÃO E CRÍTICA



Mesa redonda organizada pelo Programa de Literatura e Crítica Literária da PUC-SP. Comunicação oral: .metapôster: passagens entre criação-espaço





Convidadas: Profa. Dra. Cecília Salles, Profa. Dra. Maria José Gordo Palo, Mestranda Débora Lima e Profa. Dra. Maria Rosa Duarte Oliveira


Mediação: Profa. Dra. Vera Bastazin



ENTÃO ENTORNOS: CRIAÇÃO E METAFICÇÃO NO PERCURSO DO
ARTISTA-CRÍTICO



Comunicação oral feita na V Mostra de Pesquisa em andamento em Literatura e Crítica Literária da PUC-SP.





A pesquisa pretende evidenciar a percepção do entorno (espaço) enquanto percurso de criação metaficcional. Quanto ao aparato conceitual, a teoria crítica de processos de Cecília Salles (2006, 2011); a ideia de obra e espaço refletida no campo da arte e da literatura discutida por Maurice Blanchot (2011); as relações metaficcionais discutidas por Gustavo Bernardo (2010) serão norteadores da leitura dos corpora: a letra da música “Eu e mim” (2003), da cantora e compositora brasileira, Rita Lee e o longa-metragem de animação “A viagem de Chihiro – Sen to Chihiro no Kamikakushi” (2001), do diretor japonês Hayao Miyazaki. Intenciona-se, portanto, estabelecer a analogia entre os percursos da personagem (Chihiro) e do artista-crítico, e a letra da música – atentando-se para as aproximações entre o processo de percepção de si (construção do sujeito) e do mundo (construção do entorno – espaço), bem como, para a compreensão de uma ficcionalidade resultante desse movimento. Objetiva-se, ainda, compreender a fragmentação, a atemporalidade e a polissemia presentes nesse processo, ao apontar o encaixe como recurso de temporalidade, ressaltando a multiplicidade e os espelhamentos na relação metaficcional dos duplos: personagem-artista; personagem-crítico; artista-crítico.



A VIAGEM DE CHIHIRO: O ENCAIXE NA FICÇÃO E SEUS EFEITOS NO PROCESSO DE CRIAÇÃO



Artigo publicado no e-book Literatura em cena: a metaficcionalidade destinada â crianças e jovens.





O trabalho pretende expor, à luz da metaficção, o percurso criador como conhecimento de si e do mundo. Para isso, parte-se do longa-metragem de animação A viagem de Chihiro (2001), do diretor japonês Hayao Miyazaki. A letra da canção “Eu e mim” (2003), da cantora e compositora brasileira Rita Lee, também será aqui utilizada, de maneira complementar. Sendo assim, apresenta-se o diálogo entre a narrativa cinematográfica, a letra da canção e o processo de criação. Quanto aos objetivos, busca-se evidenciar, neste diálogo, o encaixe e o mise en abyme, como recursos de temporalidade, ressaltando a multiplicidade e os espelhamentos ao apontar, na narrativa de Miyazaki, a relação de Chihiro com os mundos: da realidade e da “ficção” - mundo fantástico. Propõe-se dessa maneira, compreender como nos percursos de Chihiro e do artista, realidade e ficção se encaixam e acarretam a percepção de si e do mundo. Quanto à perspectiva crítica, as abordagens teóricas de Gustavo Bernardo (2010) e de Cecília Almeida Salles (2011) compõem a base para a mediação entre os elementos metaficcionais presentes na narrativa cinematográfica, na letra da canção e no percurso criador. A escolha do arcabouço teórico, dá-se uma vez que, percebe-se em ambos os autores, aproximações multidisciplinares a partir da perspectiva literária. 103 Bernardo relata a metaficcionalidade presente em diferentes linguagens e de igual forma, Salles apresenta os estudos da crítica de processos.



ENTÃO, ENTORNOS - A CIDADE EM CRIAÇÃO: O PERCURSO DO ARTISTA



Comunicação oral feita durante o 4th Lincog - International Symposia On Language And Cognition - Macau/China





A partir da pesquisa “Então, entornos – o processo criativo como extensão da obra: um olhar sobre os percursos”, iniciada em 2018, apresentamos o recorte: “A cidade em criação: o percurso do artista”. Diante da observação das formas arquitetônicas da cidade, o trabalho visa compreender a percepção do artista sobre o espaço urbano enquanto lugar de criação por meio do ato de caminhar; sendo assim, a cidade se revela como obra construída pela relação do artista com seu entorno. Propõem-se dessa forma, evidenciar o diálogo transdisciplinar presente em “Então, Entornos”, produção autoral da pesquisadora e artista visual Débora Lima, que traz também poesias, relatos e crônicas de escritores brasileiros sobre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O contato entre os espaços, rua-corpo, é o que suscita o percurso criador. O ato de criação se estabelece nos sentidos, na percepção da rua. O uso do corpo neste perceber emana do processo fisiológico do toque, do enxergar, do ouvir e reflete sobre os sentidos, o que gera o experienciar dessas vibrações entre corpo e espaço. Assim, esta extensão se conduz na relação intrínseca entre sujeito e lugar, trazendo variáveis baseadas no repertório do indivíduo. De igual forma, o percurso criador se materializa. Obra-processo-artista formam-se como um todo numa relação de percepção e construção. A cidade se coloca em criação, os recortes de sua arquitetura se desmaterializam e tomam o aspecto de formas, linhas e curvas que convidam à experimentação e a imaginação do criar sobre elas. Quanto à perspectiva crítica, partimos da artista Fayga Ostrower (2014) para falar da relação ser humano e criatividade; da teoria crítica de processos de Cecília Almeida Salles (2011); das abordagens teóricas de Francesco Careri (2013) para discutir a ideia do caminhar enquanto ato de criação e do cronista João do Rio (2016) para compreender a figura do flâneur.